Maledicência, o disfarce de um coração enganoso

Em 2004, estava retirado na Chapada Diamantina – Bahia, buscando ao Senhor, quando fui despertado por uma passagem que relata o pacto de Galeede feito por Jacó e Labão, tendo por testemunha o Senhor que os vigiava, que iriam cumprir uma aliança que dizia: “para mal não passarei para o lado de lá, e tu não passarás para cá”, “para o bem de seus filhos”. Assim, o Senhor me disse: “O problema mais sério da igreja hoje é a maledicência”. No princípio, eu não enxergava o tamanho da gravidade do desvio, até que observando e estudando vi o que de fato é esse ferino pecado: ABOMINAÇÃO! Trata-se de uma arma destruidora usada pelo inimigo e que “amigos” e “irmãos” a utilizam indiscriminadamente, de forma deliberada e sem nenhum temor.

Eis o papel do Falso Profeta: esta é a entidade maligna responsável por criar “religião cristã”, sem as características e a essência de Cristo Jesus. Em Mt 15, o Senhor recriminou aos escribas e fariseus, quando questionado por seus discípulos não lavarem as mãos antes de sentarem à mesa. Jesus os desmascarou ao confrontar a negligência deles ao “mandamento de Deus” (honrar pai e mãe) com a “tradição dos anciãos”, concluindo: “E, assim, invalidastes a palavra de Deus, por causa da vossa tradição”. Ele ainda acrescenta as palavras de Isaías: “E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens”.

Aquela realidade encaixa-se precisamente aos nossos dias quando um irmão tem problema com outro irmão, e, antes de resolver o conflito, procura o discipulador, companheiro, pastor, líder, cônjuge, filhos etc. e não vai direto à pessoa em questão. Em Mt 18:15, a palavra do Rei é clara: “Vai argüí-lo entre ti e ele só”. A covardia, deslealdade, entre outros motivos, levam-nos a transgredir o mandamento claro de Deus, tornando-nos como os fariseus: “religiosos”.

A maledicência visa diminuir a imagem da outra pessoa e chamar atenção para si. Assim fez a serpente com Adão e Eva no paraíso, maldizendo o Senhor e colocando dúvida nas suas palavras, diminuía a imagem de Deus perante eles: “É certo que não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comeres se vos abrirão os olhos e como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal”. Satanás é o pai da maledicência! Não é em vão que a palavra “diábolos” tem como traduções maldizer, caluniar e falar segundo ele ou por sugestão dele (Satanás). Na lista dos sete pecados que aborrecem ao Senhor, em Pv 6:16-19, o sétimo deles, “que a sua alma abomina” é o que “semeia contendas entre os irmãos”, onde a tradução do grego também é “diábolos”. Essa arma eficaz tem obtido grande êxito para o maligno no meio da casa de Deus, semeando desconfiança e separando irmão de irmão, confirmando as seguintes palavras, inclusive e infelizmente no meio do povo de Deus:

“e, por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos.” (Mt 24:12).
“O homem perverso espalha contendas; e o difamador separa amigos íntimos” (Pv 16:27)

Jesus, nosso modelo, nunca pecou: “ o qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano”. Benditos sejam os seus santos lábios! Assim santificou-se o nosso Senhor. E conosco como será?

São três os agentes deste mal:
1. O Maledicente
2. O Ouvidicente
3. A Vítima

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